Podcasts são programas de áudio ou vídeo, cuja principal característica é um formato de distribuição chamado podcasting.
Podcasting é um meio de publicação de arquivos de mídia digital através de feed RSS, o que permite aos seus assinantes o acompanhamento ou download automático do conteúdo à medida que é atualizado.
Com a profusão de aparelhos portáteis reprodutores de arquivos de áudio, notadamente os de formato MP3, surgiram várias novas ideias de como automatizar o acesso ao conteúdo de áudio blogs e demais programas de áudio. O método que mais teve sucesso foi a possibilidade desse download ocorrer automaticamente através de programas chamados “agregadores”, utilizando uma tecnologia já empregada para blogs: o RSS (Really Simple Syndication).
Em 2004, a distribuição de arquivos com “programas de áudio” não era novidade. Eles seguiam a mesma lógica dos programas de rádio, mas eram distribuídos pela internet como arquivos MP3 ou similares. Para um internauta ouvir um desses arquivos, precisava, a cada nova “edição”, acessar o site que o hospedava, fazer o download para seu computador e, só aí, ouvi-lo. Houve algumas experiências voltadas ao download automático de arquivos de áudio, mas geralmente ligadas a empresas que também eram responsáveis pela geração de conteúdo, buscando lucro direto. Como havia dificuldade de lucrar com o sistema, essas experiências eram deixadas de lado depois de algum tempo.
Explicando de uma forma bem simples, o RSS é uma maneira de um programa chamado agregador de conteúdo saber que um blog foi atualizado sem que a pessoa precise visitar o site. Ou seja, em vez de o internauta ir até o conteúdo, é o conteúdo que “vai” para o internauta. Antes, esse sistema funcionava para arquivos de texto, mas, em 2003, Dave Winer criou uma forma de fazer o RSS funcionar também para arquivos de áudio, para que o jornalista Christopher Lyndon pudesse disponibilizar uma série de entrevistas na internet.
Só que isso ainda não era podcast. Ao menos, não como nós entendemos hoje em dia. Só no ano seguinte, em 2004, que ocorreu o “pulo do gato” que passou a diferenciar de vez esse sistema do RSS “normal”: Adam Curry criou, a partir de um script de Kevin Marks, uma forma de transferir esse arquivo de áudio disponibilizado via RSS para o agregador iTunes (que na época era a única forma de “alimentar” de conteúdo os iPods, populares tocadores de mídia da Apple – o iPhone ainda não havia sido lançado). Esse sistema, chamado de RSStoiPod (um nome não muito criativo, mas que mostra de forma bem clara sua função) foi disponibilizado para que outros programadores o utilizassem livremente, o que fez com que vários outros agregadores passassem a também trazer esse download automatizado de arquivos de áudio.
Essa forma de transmitir dados passou a ser chamada de podcasting (junção do prefixo “pod”, oriundo de iPod, com o sufixo “casting”, originado da expressão “broadcasting”, transmissão pública e massiva de informações). O termo podcasting foi utilizado pela primeira vez pelo jornalista inglês Ben Hammersley em uma matéria intitulada “Audible Revolution”, publicada no jornal The Guardian em 12 de fevereiro de 2004, para definir a forma de transmissão das entrevistas de Lyndon e acabou sendo adotado posteriormente para esse novo sistema de transmissão de dados.
Naturalmente, esse sistema não ficou limitado ao iPod, embora fizesse referência direta a seu nome. Porém, o nome “pegou” e os programas de áudio que começaram a ser distribuídos via podcasting passaram a ser chamado de podcasts.
Em princípio, podcasts também são os programas de vídeo distribuídos dessa forma. Porém, no Brasil, acabou ficando uma certa “separação” informal que classifica os programas de áudio como podcasts e os de vídeo como videocasts.
Quer saber como criar seu Podcast?
Confira os links e vídeos a seguir.
32 pensou em “O que é Podcast”